sábado, 14 de maio de 2011

O Meliponário e seus novos moradores

Está pronto o meliponário “tipo saleiro”, não só concluído, mas com seus moradores bem acomodados, trabalhando a todo vapor e em perfeita harmonia. Este meliponário foi especialmente projetado para abrigar apenas as abelhas Rajadas (Mellipona Asilvai) que, aqui em nossa região, também recebem o nome de Rajadinha. Pois estas dividiam espaço com as Jandaíras. Por algumas vezes vimos uma Jandaíra de sentinela na colônia das Rajadas. Apesar do fato, não percebemos maiores problemas para ambas, apenas despertou em nós a curiosidade em sabermos o por quê de tal acontecimento. Decidimos construir um meliponário, apenas para que cada uma tivesse seu espaço.

(Figura 1 - Meliponário pronto)

(Figura 2 - Novos moradores)

O meliponário, como se pode observar nas imagens é dividido em duas (2) partes. A de cima, para receber as caixas verticais (INPA) e a de baixo destinada as caixas horizontais - modelo nordestina.

 (Figura 3 - Destinada a acomodação das caixas verticais - INPA)

(Figura 4 - Vista lateral do meliponário)

(Figura 5 - Reservada a colocação das caixas horizontais - nordestina)


Todas as questões pertinentes a criação das abelhas Rajadas: manejo, curiosidades, mitos... Serão abordadas numa postagem a parte. (Especial Rajada).



(Figura 6 - Entrada da abelha rajada em um tronco de Catingueira)


Um grande abraço.


São Paulo do Potengi-RN,14 de maio de 2011

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João Paulo Evangelista de Medeiros
Meliponário Campos Verdes



7 comentários:

  1. Olá amigo João,

    maravilha de meliponário,pois é bem fácil de ser construído e protege muito bem as abelhas,parabéns!!

    Abraço.
    Paulo Romero.
    Meliponário Braz.

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  2. Muito obrigado amigo Paulo Romero, estás de parabéns, não apenas pelo trabalho que desenvolves com as abelhas nativas, mas pelo regionalismo que é evidente em tuas postagens. (Antes de fazer o blog li muito tuas postagens, e sigo essa linha de apego as coisas do meu sertão). um abraço.

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  3. Amigo João,

    obrigado pelas palavras,pois sou um matuto,que não troca seu pedaço de chão,por toda a riqueza desse mundo...,quando estou na minha caatinga,me sinto em contato direto com o nosso criador,e isso não tem preço...

    Não tenho lucros financeiros com minhas queridas abelhas nativas,pois não negocio colônia...,as vezes faço uma doação,quando percebo que a pessoa que vai reçeber essas abelhas,tem o mesmo amor que eu tenho...

    Amo o "meu cariri",e tento defendê-lo da destruição causada pelos homens...E sei que vc tem esse mesmo amor pela sua terra natal,pois perçebo em suas postagens...;siga em frente,sempre com esse pensamento de defender a natureza e as abelhas nativas(mesmo comercializando,pois isso pode ajudar na preservação das espécies)...

    Desculpe a mensagem longa.

    Abraço.
    Paulo Romero.

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  4. Prezado João,
    Parabéns pelo blog, precisamos cada vez mais de pessoas com esse espírito divulgador da atividade. Seu blog é de muito bom gosto, sempre que possível estarei passando por aqui para acompanhar seu crescimento, sua cidade é uma ótima região para criação de várias abelhas sem ferrão.

    Com relação a sua dúvida, é muito comum esse comportamento entre as abelhas sem ferrão, as vezes, quando espécies parecidas são colocadas muito próximas uma das outras, é possível uma harmonia na vivência diária das espécies.

    Isso nós chamamos de interações sociais entre espécies distintas, esse comportamento já foi estuda pelo pesquisador João Pedro Cappas, um grande estudioso dos insetos sociais em Portugal.

    att,

    Kalhil

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  5. Olá amigo Kalhil, imensamente grato pela visita e pelas palavras de incentivo. Serás sempre bem vindo, é grande a satisfação de poder tirar algumas dúvidas que surgem no dia-a-dia com ASF, com um dos grandes conhecedores do assunto. um abraço.

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  6. oi tudo bom eu me chamo magno moro em rondônia,gosto de criar meliponas.tenho caixas de uruçu boca de renda,jatai.
    tenho um duvida qual a diferença de uruçu pra jandaira.justifique?

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  7. Meu caro Magno,

    Em primeiro lugar, muito grato pela visita e fico feliz, na medida em que confiastes a mim o esclarecimento de tal questionamento.

    Posso te afirmar que existem outras definições de diferenciação entre essas duas espécies. Porém, vou repassar o que eu sei.

    Ambas são Meliponas. As Uruçus são abelhas maiores, mais populosas, consequentemente produzem mais; habitam regiões de maior precipitação pluviométrica, como as faixas litorâneas por exemplo (mata atlântica). O nome Uruçu é comumente utilizado para designar várias espécies de abelhas grandes, como o próprio nome em Tupi guarani indica. As espécies mais conhecidas são a Uruçu verdadeira ou nordestina (Scutellaris), a Uruçu cinzenta ou Tiúba do Maranhão (Compressipes), a Uruçu amarela ou Boca de renda (Rufiventris) e a Uruçu preta (Capixaba).

    Já a nossa Jandaíra é um pouco menor, é conhecida por Rainha do Sertão, habita regiões de clima quente (Semi-árido/Caatinga); produz em torno de 1L de mel/colmeia; é bastante defensiva quando importunada; é tradicionalmente criada pelas populações nativas há gerações, assim como as demais espécies de abelhas sem ferrão, mas a nossa Jandaíra é a abelha mais popular dentre os habitantes da zona rural aqui do Rio Grande do Norte.

    Meu caro aí estão algumas características das espécies, mas existem muitas outras.

    Quando você ouvir falar em abelha Jandaíra lembre-se de Sertão, Nordeste, Semi-árido, Caatinga e, principalmente de um povo acolhedor, culturalmente rico em suas tradições, religioso, mas infelizmente esquecido pela maioria da classe dominante. Que ainda anseia por ares melhores no que diz respeito a sua condição social.

    Um grande abraço.

    Os amigos: Rivan Fernandes, Kalhil, Paulo Romero, para citar algumas autoridades, saberiam, sem dúvida te repassar com maior riqueza de detalhes essas diferenças.

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