sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Por que Meliponário Campos Verdes?

Ainda quando criança, nos finais de semana no Sítio... Ouvia sempre meu tio João falar de sua fazenda a qual dera o nome de Fazenda Campos Verdes. Anos se passavam assim como as promessas, a mim e aos meus irmãos de um dia poder visitar as suas terras. Dizia ter muita terra; muitos açudes onde podíamos tomar banho; vacas grandes produtoras de leite, enfim, todo tipo de atividade produtiva cultivava em sua fazenda. E isso nos envolvia de satisfação, tamanha era a esperança de podermos conhecer a sua fazenda. Fomos crescendo, os finais de semana no sítio foi perdendo espaço para a rotina da cidade, e nada de tio João levarmos a tão sonhada fazenda.

Outro dia, minha mãe confessou que a Fazenda Campos Verdes da qual meu tio tanto falava, nada mais era do que um terreno que ele possuía em Parnamirim-RN, como passava muito tempo sem ir no terreno (chão de casa), no período das chuvas o mato cobria toda a extensão deste. É justamente daí onde provém o nome Campos Verdes.

Quando fomos escolher um nome para o meliponário, minha mãe sugeriu Raízes do Deserto. Pois nossas raízes estão intimamente fixadas a esta localidade – Sítio Deserto. Porém, resolvi batizá-lo de Meliponário Campos Verdes, pois se trata de uma atividade justa, solidária e, principalmente, por está em consonância com a natureza, assim como era a fictícia Fazenda Campos Verdes que tanto me inspirou e me fez sonhar.

(Figura 1 – Meliponário Campos Verdes)

Hoje trabalho em parceria com o tio João na apicultura e, diga-se de passagem, temos boas razões para comemorar a safra deste ano. Ainda não tínhamos, desde o nosso início na atividade em 2005, registrado uma safra tão promissora, já foram feitas 04 colheitas, atingindo uma média de 50 kg de mel por colmeia. O que é lamentável é que, em 2010 a seca tenha castigado tanto o nosso Sertão, ao ponto de registrarmos 85% de abandono das colmeias. Associamos a este fato dois aspectos pertinentes: temperaturas elevadas e pouca disponibilidade de recursos florais.

(Figura 2 - Tio João preparando-se para irmos ao apiário)

Nosso apiário:

(Figura 3 – Apiário Ferreira)

(Figura 4 – Transporte das melgueiras até o apiário)

(Figura 5 – Enxame recém capturado)

(Figura 6 – Júnior integrante da equipe)

(Figura 7 – Cabul e Pitoco)

O Cabul e o Pitoco nos acompanhando até o apiário... Eles “sabem” que tem que retornar deste ponto, as abelhas estão bastante fortes e, facilmente viriam recepcioná-los.

E, uma paradinha no caminho para verificar a exuberância da florada Pau-d’arco.

(Figura 8 – Pau-d’arco rosa)


Um grande abraço,

São Paulo do Potengi-RN, 19 de agosto de 2011.


João Paulo Evangelista de Medeiros
Meliponário Campos Verdes     




      

2 comentários:

  1. Amigo João Paulo,
    é muito manter vivo esse laço de "apego",ao lugar que nascemos e fomos criados,pois isso nos da forças para lutar para melhorar,cada vez mais a realidade de nosso povo.E a meliponicultura/apicultura,é muito importante nesse processo de melhoria de vida dos pequenos agricultores.

    Parabéns pelo trabalho com as melíponas e com as ápis.

    Abraço.
    Paulo Romero.
    Meliponário Braz.

    ResponderExcluir
  2. Amigo Paulo Romero,

    muito grato por seus comentários que muito nos encoraja e estimula. És, sem dúvida, um forte protetor de nosso espaço. O Sertão nordestino.

    Um abraço.

    ResponderExcluir