domingo, 24 de julho de 2011

Nível de aceitabilidade da cera artificial em Rajadas (M. Asilvai)

A criação de abelhas nativas muito me fascina, porém, uma espécie atrai meus olhares meticulosos. A Rajada. Diz-se da menor abelha do gênero Melipona; é extremamente dócil, é necessário está muito forte para desferir algumas mordiscadas, geralmente como mecanismo de defesa costuma esvoejar sobre o indivíduo. É também conhecida pelos nomes de: Rajadinha, Manduri, Uruçu mirim e Papa terra – por costumeiramente coletar grandes quantidades de barro, utilizado na obstrução de frestas ou quaisquer aberturas que possa haver no cortiço.

(Figura 1 – Nossa primeira divisão de Rajadas)

Antes de adquirirmos esta espécie, procuramos algumas informações a respeito do manejo mais adequado, para não ocorrer grandes tropeços. Todavia, muita coisa que nos repassaram constitui mero devaneio, como já dissemos anteriormente em outra postagem (Especial Rajada). Um destes é com relação a caixa racional, pois esta adaptaria-se apenas em modelo vertical.

(Figura 2 – Colônia de Rajada em caixa horizontal)

Não é bem o que nós estamos presenciando, a imagem acima mostra perfeitamente uma colônia em pleno desenvolvimento em um modelo de caixa Nordestina.

Bem, mas o nosso principal intento diz respeito à aceitação da cera artificial por estas abelhas, produzida a partir da cera de Jandaíra.

(Figura 3 – Utilizando na construção dos potes)

É recomendável que se utilize como ingrediente na mistura, quando da produção da cera artificial, o cerume da espécie que vai receber. Ou seja, se formos ofertar a cera artificial para as Rajadas, então deve-se utilizar o cerume de Rajada na mistura.

Muito embora, tenhamos fabricado os potinhos com cera de Jandaíra, as abelhas estão aceitando normalmente e, por sinal, temos verificado um crescimento significativo nas divisões. Percebemos a utilização desta na construção dos potes para armazenagem do alimento, no túnel entrada/saída, no invólucro e, até mesmo, na construção dos alvéolos. 

 (Figura 4 - Construção do túnel entrada/saída)

(Figura 5 -  Utilização da cera no invólucro e nos alvéolos )

Fizemos a experiência nesta colônia da seguinte maneira: colocamos estes potinhos na melgueira, com mel de apis. Elas retiraram o mel e a cera e reconstruíram os potes no ninho, armazenando-o posteriormente.  

 (Figura 6 - Potes artificiais foram colocados na melgueira)

Um grande abraço,


São Paulo do Potengi-RN, 24 de julho de 2011.


João Paulo Evangelista de Medeiros
Meliponário Campos Verdes
                 

3 comentários:

  1. Amigo João Paulo,
    como vc diz,a rajada é uma abelha adorável e com um potencial muito grande,para à criação racional,temos que continuar pesquisando os melhores manejos para ela e para as outras asf...,parabéns pela postagem e pelo trabalho de pesquisa.

    Abraço.
    Paulo Romero.
    Meliponário Braz.

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  2. Mais uma vez parabens meu caro amigo, esta tambem é uma das minhas prediletas.

    Att: Isaac S. Medeiros

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  3. Caros amigos,

    Obrigado pela visita e comentários que, muito nos alegram e nos estimulam a continuar com o nosso ofício, em defesa das nossas abelhas e do meio ambiente.

    Um abraço.

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