terça-feira, 29 de julho de 2014

Aula de Apicultura e Meliponicultura no PRONATEC

Tamanho regozijo expresso em meu sorriso tive dias atrás, quando recebi o convite do meu irmão Jonatan Levi, para compartilhar meus simplórios conhecimentos adquiridos ao longo de 09 anos na lida diária com as abelhas, durante a realização do Curso de Formação Inicial Continuada de Auxiliar Técnico em Agropecuária, ofertado pela Escola Agrícola de Jundiaí - EAJ/UFRN, aos queridos alunos da cidade de Serra Caiada.

(Figura 1 – Turma do Curso de Auxiliar Técnico em Agropecuária)

Serra Caiada, interior potiguar situado entre as regiões do Agreste e Trairi, esconde, por entre ravinas e depressões rochosas características que lhes são peculiares. Um povo pacato e bastante acolhedor reside ali ao pé da Serra; um clima, neste período do ano, que suaviza nossos pensamentos, revitaliza nossas forças e, sobretudo, nos aproxima das obras Divina... A natureza, em sua caminhada, fez parada ali, deixando boas recordações de sua estada àquele lugar.

(Figura 2 – A Macambira adorna o caminho até a Serra)

(Figura 3 – Imagem da entrada da cidade de quem vem no sentido Tangará – Serra Caiada)

O paredão rochoso que concede sua graça ao lugarejo, remonta a milhões de anos. Estudos realizados evidenciam-no como o fragmento rochoso mais antigo da América Latina e um dos mais antigos do mundo, isso, em se tratando de nomenclatura geológica.

(Figura 4 – Imagem do paredão rochoso de Serra Caiada)

Eis um ambiente perfeito e bastante procurado para a prática de esportes radicais, como: passeios ecológicos, alpinismo, trilhas em bikes, visita ao monte, onde se ergue o cruzeiro, muito visitado por religiosos.

(Figura 5 – Prática do alpinismo na Serra)

(Figura 6 – Visita ao cruzeiro sobre o monte)

(Figura 7 – Passeio em bikes nas trilhas)

Informações identitárias à parte, retornemos ao mundo das abelhas. Foram três dias, onde abordamos de forma simplificada conhecimentos inerentes às atividades da Apicultura e Meliponicutura.

(Figura 8 – Imagem de uma colônia de Apis alojada em uma das fendas do pare
dão)

As aulas dividiram-se em duas etapas, em um primeiro momento as atividades ficaram restritas apenas a sala de aula, onde trabalhamos a teoria e vimos alguns apetrechos apícolas e caixa racionais de meliponíneos.

(Figura 9 - Exposição da teoria)

(Figura 10 - Identificando as caixas racionais de ASF)

(Figura 11 - Olhares atentos da turma)

(Figura 12 - A abelhinha Campos Verdes se fez presente)

No terceiro dia, durante a manhã fizemos uma visita ao Assentamento Três Corações, na propriedade do Sr. Moacir, um dos precursores da Apicultura naquela localidade, na ocasião nos mostrou a utilização do papel na composição da cera alveolada, salientando a economia; salientou-nos ainda que um dos grandes entraves da atividade é a comercialização, onde o mel permanece estocado por meses, e quando aparecem compradores trata-se de atravessadores que desvalorizam o produto, “levando quase de graça”, - reforçou; evidenciou sua luta para manter a associação sempre em operação; apreciamos um saboroso queijo de coalho com mel de apis, enfim uma manhã, digna de registro.

(Figura 13 - Ladeado da aluna Sheila Kátia e do apicultor Moacir)

(Figura 14 - O apicultor Moacir mostrando um quadro de melgueira, contendo papel como moldagem)

(Figura 15 - Durante a explanação do modelo de caixa mais difundido e utilizado pelos apicultores)

Um forte abraço a todos os alunos e alunas do curso, os quais me proporcionaram grandes momentos de aprendizado, solidariedade, companheirismo. Espero retornar em breve a cidade de Serra Caiada.
   
          

Um grande abraço,

São Paulo do Potengi/RN, em 29 de julho de 2014.


João Paulo Evangelista de Medeiros

Meliponário Campos Verdes

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Como diria o amigo Paulo Menezes: “Visitantes ilustres”

Manhã ensolarada do dia 11, deste mês de julho, assim como boa parte dos dias de inverno daqui do nosso Sertão querido, recebemos com bastante alegria em nosso meliponário, a visita do amigo Mário Márcio e sua Senhora.

(Figura 1 – Mário Márcio e sua esposa no meliponário do amigo Tita)

- Mas, espere aí um pouco. Que contratempo é esse: “Manhã ensolarada em dia de inverno?” Isso mesmo! Julho traz consigo as últimas chuvas do nosso inverno... brandas, sem batimentos acelerados; tem sido fidelíssima a nossa estrela central; mas a cada gota que toca o chão é comemorada como se fosse um gol de copa do mundo pelo homem do campo. Ele louva, sorrir, cria expectativas, se planeja para a produção vindoura, agradece. Chuva no Sertão é bênção concedida pelo Pai celeste. Qualquer respingo d’água que se abate na terra é razão de contentamento e agradecimento.

Prosopopeias à parte, nossa manhã foi regada com muita conversa, suco de Imbu cajá, passeio em estradas esburacadas contemplando a riqueza da flora, tendo como cenário a Caatinga, que pode parecer adversa, hostil, desagradável aos nossos olhares desatentos, mas de uma exuberância fascinante.

(Figura 2 – Apresentando uma colônia de Plebeia sp)

Meu abraço ao amigo Mário Márcio, diga-se de passagem, muito atencioso para com as causas ambientais e bons trabalhos com as nossas abelhas nativas.

(Figura 3 – Desta vez, em visita ao meliponário Santa Rita, na comunidade de Carnaúba)   



Um grande abraço,

São Paulo do Potengi/RN, em 21 de julho de 2014.



João Paulo Evangelista de Medeiros

Meliponário Campos Verdes

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Formação da nova diretoria da APISPOTENGI

Ontem, dia 02 de julho, na sede do SINTRAF – Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar de São Paulo do Potengi foi realizada uma reunião, para tratarmos de assuntos inerentes ao resgate da Associação dos Apicultores do nosso município. A Associação dos Apicultores de São Paulo do Potengi-APISPOTENGI foi criada em 2003, alcançando seu ápice no ano de 2004, ano promissor na produção de mel, tendo em vista um ano de bom inverno. (Aqui em nossa região temos essa designação, um ano de bom inverno é aquele em que as chuvas são suficientes para adornar a nossa mesa de fartura... prosperam as lavouras, mel, água em barreiros, riachos e açudes, formam-se as pastagens para a alimentação dos animais, enfim. Não vivenciamos uma fase destas desde 2011, no último triênio tivemos apenas chuvas brandas e espaçadas. Essa fartura permanece resguardada na lembrança e na esperança do homem do campo, que anos vindouros possam devolver-lhes a alegria das épocas de bonança).

2004 alavancou os índices da Apicultura potengiense... ótima produtividade; novos apicultores e apicultoras sugiram. Virou moda ser apicultor em São Paulo do Potengi! A Associação registrou em suas atas em torno de 50 apicultores, sendo que o número era superior.

De lá para cá, os índices não impressionam tanto. Os anos de pouca produtividade, em virtude da sequência de épocas desfavoráveis renderam a associação sua inadimplência; projetos inacabados, como o da casa de mel do Assentamento Pedra Branca; o desestímulo dos sócios, dentre outros fatores.

Devido a injeção de projetos despejados nesse momento por diversos programas governamentais, o incentivo que tem sido evidenciado, a falta de representatividade local no nosso setor e, sobretudo o amor à profissão, resolvemos resgatar a associação, onde já estamos trabalhando a possibilidade de tornarmos a APISPOTENGI em APIMESPP – Associação dos Apicultores e Meliponicultores de São Paulo do Potengi.

Um encontro bastante proveitoso, onde contou com a participação maciça dos apicultores e apicultoras do município, Paulo Ananias Vice-presidente do SINTRAF - SPP; Dário Alves delegado adjunto do MDA.

PAUTA DA REUNIÃO

Eixo norteador: Organização da cadeia apícola de São Paulo do Potengi: novas perspectivas para a associação dos apicultores.

Problemáticas em foco:
Novas diretrizes para o Programa de Aquisição de Alimentos – Compra Direta da Agricultura Familiar;
Casa de mel do PA Pedra Branca: entraves e soluções para seu funcionamento;
Programa RN Sustentável: incentivo financeiro para o setor apícola;
Quem são os parceiros: novos caminhos para o fortalecimento da Apicultura potengiense;
Formação e estabelecimento da nova diretoria.

Membros da nova diretoria

Presidente: João Paulo da EMATER
Diretor Técnico: Manoel Floriano (Manel do mel)
Secretário: Edilson de Cachoeirinha
Tesoureiro: Leildo de Manjericão
Fiscais: Chiquinho do mel, Ana, Naldo de Cachoeirinha, Nego de Zuza

Que os laços sejam fortalecidos e encontremos novos horizontes para o fortalecimento da apicultura potengiense!

(Figura 1 – Apicultores após a reunião)

(Figura 2 – À esquerda, Dário Alves, delegado adjunto do MDA)

(Figura 3 – Ao fundo, a Sra. Ana Maria, batizada de abelha rainha do grupo)         


Um grande abraço,

São Paulo do Potengi/RN, em 03 de julho de 2014.


João Paulo Evangelista de Medeiros

Meliponário Campos Verdes