Decidimos tornar postagens as dúvidas dos nossos
colegas, que vez por outra chegam ao e-mail, ou mesmo em comentários no blog. Foi
o que fizemos com o comentário do caro Júnior da cidade de Cáceres no Mato
Grosso.
Caríssimo Júnior,
Em primeiro lugar vá me desculpando a demora,
estive meio ocupado estes dias.
Vosmecê expôs seu conhecimento, agora vamos ao que penso
sobre isto, apesar de nunca ter visto a abelha Tubiba.
De: Anônimo noreply-comment@blogger.com
Assunto: [Meliponário Campos
Verdes] Novo comentário em A abelha Tubiba.
Para: jpabelhas@yahoo.com.br
Para: jpabelhas@yahoo.com.br
Data: Quinta-feira, 14 de Junho
de 2012, 19:58
Anônimo
deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A abelha Tubiba":
Muito grato pela participação no blog. Isto é
relevante para a construção do conhecimento na medida em que defendemos nosso
ponto de vista. A meliponicultura só tem a ganhar.
1 - Num
outro blog, o Abelhas de Ouro, diz que a mesma Tubiba é a Canudo... E não tem
as pontas das asas brancas não!!!!
Várias espécies de ASF podem sofrer alterações no
que se relaciona ao seu nome popular de uma região para outra.
O que eu sei te dizer é que a Tubiba daqui do
Nordeste (Área de Caatinga) é uma Scaptotrigona e estas, assim como as
Partamonas, são bem semelhantes, até no próprio nome, como por exemplo: Tubi,
Tubuna, Tubiba e estes nomes podem facilmente sofrer variações, ou mesmo, pode
acontecer de duas espécies possuírem o mesmo nome. Se eu não me engano, já li
em algum artigo sobre a existência de uma abelha nativa da região amazônica que
possui o nome de Jandaíra, o que pode-se afirmar que trata-se de um homônimo
perfeito com a nossa Jandaíra (Rainha do Sertão - endêmica da região semi-árida
do Nordeste brasileiro), o que as diferenciam neste caso é o nome científico.
O que pode acontecer também é que uma determinada
espécie tenha vários nomes. O que está em jogo aí são as questões culturais de
cada povo, ou seja, atribui-se um nome a algo levando-se em consideração
elementos dessa cultura, situações do cotidiano, aspectos comuns que expressam
familiaridade. Vamos deixar isto para os antropólogos.
Onde
estou querendo chegar? Aqui, por exemplo, na "minha" região existe
uma abelha conhecida como Rajada, mas em outras localidades é conhecida como:
Uruçu Mirim; Papa Terra, Maduri, e por aí vai.
Aqui em nossa região a Tubiba não é mesma Canudo
(cabe definição de diferenciação num outro momento).
E dificilmente, a abelha do Meliponário Abelhas de
Ouro, ou mesmo a que você conseguiu será a "nossa" abelha Tubiba.
Como se sabe as abelhas nativas são estreitamente ligadas ao espaço
geográfico... A vegetação, o clima dentre outros elementos que, estão
sistematicamente entrelaçados, é o que dá sustentação a toda essa cadeia a que
chamamos de ecossistema.
Por essa razão é que não se permite o transporte de
abelhas nativas para regiões em que não são de sua ocorrência.
Dificilmente, ainda, talvez eu não tenha tanta
propriedade para essa discussão, a mesma abelha Tubiba nativa da região
semi-árida não habitaria, ou melhor, não seria nativa de regiões como a
Pantaneira, Mata Atlântica ou Faixas Litorâneas.
2 - Também não fala de
nenhum cheiro característico.
Com
relação a este cheiro, eu não sei te responder, pois não tive contato com esta
espécie, quem me repassou esta informação foi o amigo Rivan do Meliponário do
Litoral, este sim é uma autoridade no assunto e tem toda a propriedade para
falar-nos a respeito.
3 - É muito complexo detectar
espécies de abelhas...
Aqui
no Rio Grande do Norte, não existe uma variedade imensa de espécies de abelhas
nativas, e estas possuem características distintas, por essa razão já facilita
a sua identificação.
Abraços...
Júnior Paulo
Zocal,
Cáceres
MT.
E-mail. jpzocal@hotmail.com
Cordialmente,
João Paulo Evangelista de Medeiros
São Paulo do Potengi/RN
Meliponário Campos Verdes
Obs.: Estamos abertos às críticas, temos pouco
tempo na atividade e persiste diversas dúvidas, à medida em que vamos dia a dia
manejando estas abelhas.
Vamos alimentar esta corrente, podem ficar à
vontade para mandarem apontamentos.
Um grande abraço
São Paulo do Potengi/RN, em 20 de junho de 2012.
João Paulo Evangelista de Medeiros
Meliponário Campos Verdes
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMeu amigo João Evangelista muito bonita,sua atitude em colocar esse espaço para debate.mais digo ao amigo que vou nesses Dias lá nas terras das tubibas.vou trazer um enxame para você conhecer e se der certo, trago o mel para seu querido avô provar.
ResponderExcluirAbraço
Rivan Fernandes
meliponário do litoral
Macaiba/RN
Amigo Rivan,
ResponderExcluirSeja bem vindo neste espaço, a presença de um mestre é sempre pertinente.
Muito grato. Fico no aguardo.