sábado, 24 de setembro de 2011

A troca de experiências: o caminho para uma meliponicultura fortalecida

Um dos aspectos a que devemos sempre levar em consideração quando vai se iniciar na meleponicultura, independente de quais objetivos traçados para o desenvolvimento desta, seja este: hob; produção de mel; formação de novas colônias ou educação ambiental, dentre outros, destacamos a troca de experiências, ou seja, o meliponicultor incipiente deve procurar manter contato com meliponicultores experientes, pois estes já vivenciaram diversas situações e têm em sua lida diária com as abelhas o seu maior aprendizado. São pequenos acontecimentos que se sucedem no dia-a-dia que, muitas vezes, não são abordados ou esclarecidos pela literatura.

Portanto, nobres colegas, futuros meliponicultores, a troca de experiências tem papel preponderante para a difusão de novas práticas, e, por conseguinte, a promoção do fortalecimento da meliponicultura.

(Figura 1 – Ladeado dos futuros meliponicultores)

No último domingo, 17 deste mês tivemos a imensa satisfação de recebermos em nosso meliponário os amigos companheiros de curso da faculdade, do município de João Câmara-RN, cidade pela qual considero minha segunda morada, pois me acolhera durante 04 longos anos de minha formação superior. Os caros colegas, Júnior e Francisco Everson do Meliponário Baixa Verde (meliponariobaixaverde.blogspot.com) passaram boa parte da manhã conosco, onde conversamos bastante sobre qual a espécie mais adequada para se manejar obedecendo as nossas condições climáticas, alimentação artificial, realização de divisões, inimigos,  enfim. Os amigos por serem ainda leigos e, isso é bastante comum, trouxeram uma bagagem de questionamentos que, aos poucos, fomos simplificando um a um.

(Figura 2 – Os amigos Everson e Júnior)

Eles ficaram encantados com a Plebeia sp, conhecida popularmente em nossa região como Mosquito verdadeiro ou simplesmente Mosquito, e também Jati. De início preferiram iniciar com esta espécie, para depois de alguns conhecimentos básicos adquiridos, poderem introduzir a Jandaíra (M. Subnitida) em seu meliponário.

(Figura 3 – O amigo Everson segurando sua primeira colônia de Mosquito)

A título de registro, esta foi a primeira visita que recebemos por alguém interessado na atividade, ficamos bastante gratos e desejamos toda a sorte para os futuros meliponicultores. Estamos sempre à disposição para ajudar no que for necessário.

Um dos pontos positivos que pudemos verificar nestes rapazes, foi a preocupação que demonstraram em conservar a natureza, e isto pode ser o elemento principal para, dentro de pouco tempo, alcançarem ótimos resultados.  



Um grande abraço,

São Paulo do Potengi-RN, em 24 de setembro de 2011.


João Paulo Evangelista de Medeiros
Meliponário Campos Verdes